No mês de novembro, em mais uma ação de Educação em Saúde, o Responsável Técnico de Enfermagem da unidade, Júlio Bordignon, conversou sobre pediculose (piolho) com pais e profissionais da Sociedade Independente de Cultura e Aprendizagem de Manguinhos (SICAM), localizada na comunidade Vila Turismo.
Durante o encontro, Júlio informou aos pais que a transmissão da infecção se dá através de contato direto ou indireto (escovas de cabelo, roupas etc). Quando a criança está infestada de piolhos, a coceira é tão intensa que pode provocar pequenos ferimentos na cabeça.
No tratamento, é preciso também retirar as lêndeas, por exemplo com pente fino, pois os medicamentos só matam os piolhos. Se as lêndeas continuarem nos cabelos, a criança voltará a ter piolhos, afirma Júlio.
Pediculose é o termo técnico-científico para a infestação por piolhos no corpo humano. Tal infestação, devido à facilidade de contágio e sua magnitude, é considerada um desafio para a Saúde Coletiva, visto que é grande o número de pessoas com este agravo, apesar de ser de fácil prevenção e tratamento.
De acordo com o Responsável Técnico de Enfermagem, Júlio Bordignon, as escolas são os locais mais comuns para se encontrar pessoas com a pediculose. Um significativo número está localizado em áreas assistidas por equipes da Estratégia de Saúde da Família, as quais tem como algumas de suas atribuições promover a saúde dos grupos da população que circulam/vivem no território onde atuam.
Uma das ferramentas utilizadas pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família para promover a saúde é a prática de Educação em Saúde, a qual visa o empoderamento dos grupos da população ao problematizar um tema e estimular a reflexão coletiva, articulando o saber popular com o técnico-científico. O resultado desta prática é a formação de um conceito devidamente embasado que subsidie a autonomia do cidadão para gerenciar seu auto cuidado, afirma Júlio.
Logo, se a Estratégia de Saúde da Família deve desenvolver atividades de promoção da saúde para os grupos da população existentes no território onde atuam, a Educação em Saúde em creches e escolas deve ser uma prática rotineira quando a temática for, por exemplo, a pediculose. Esta ação contribuirá para o acesso de pais e professores às informações referentes aos cuidados preventivos (orientações de higiene e de não compartilhamento de pentes e adereços para a cabeça) e tratamento correto desta infestação. Associado a isso, a garantia do diagnóstico e o acesso ao tratamento adequado para a pediculose aos frequentadores destes espaços coletivos completam esta atividade. Vale lembrar que o tratamento com medicamentos mata somente os piolhos, mas as lêndeas, que são os ovos deste parasita, também merecem atenção e devem ser removidas manualmente, conclui Júlio.
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